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O paradoxo de se formar fora

Ontem me peguei pensando sobre a vida. Coisas que para muitos podem ser indiferentes, mas que me tem uma carga emocional pesada. Há quase cinco anos decidi me mudar para Manaus para viver um sonho: o de me tornar médica. Sonho esse que está cada vez mais próximo de se realizar. Às vezes passo o dia vendo vestidos, tecidos, maquiagem, decoração. Mando no grupo da família e vejo eles - em especial minha mãe - se empolgarem junto comigo. E aí vem aquela sensação boa de felicidade, de realização, de dever cumprido. A felicidade imensa de dar essa formatura para os meus pais. Aqueles que viveram o sonho comigo e que querem tanto quanto (ou até mais) que esse dia chegue. 
Mas de repente me pego na ansiedade. Eu, que sempre fui da festa, da farra, mas também fui muito família. Meu desejo era compartilhar com todos os parentes e amigos, era viver tudo com eles, era tê-los aqui deslumbrando. E aí vem a tristeza. A tristeza de pensar que confirmado só tem o pai, mãe, irmã, avós e uma amiga. Tristeza de saber que, talvez, se fosse mais perto mais pessoas poderiam estar nesse dia com você. Tristeza em saber que em outras famílias vão vir milhares de pessoas e amigos, que farão de tudo para estar aqui. E no meio disso, saber que não se pode julgar uma pessoa sequer por não poder estar. Saber das dificuldades de cada um e que pra quase todos é, de fato, impossível a vinda. 
Quando digo paradoxo do título é sobre esse turbilhão de sensações dentro de mim. 
E novamente eu me pergunto: e se eu voltasse atrás, faria tudo outra vez? FARIA, FARIA SIM. Mas o sentimento é inevitável. 
A gente se agarra ao crescimento pessoal que teve na experiência. Na certeza de que as coisas são como elas devem ser e que nada é por acaso. Que o UNIVERSO escreve certo por linhas tortas.

CPR Senscience

Hoje trarei um assunto diferente de tudo que já foi tratado no blog (que não é pouca coisa). O assunto é cabelo. Tive os cabelos loiros por uns 5 anos e ficaram extremamente quebradiços e minha única solução foi fazer uma reversão (mechas da cor natural) e cortar joãozinho. Depois disso passei 3 anos com ele natural e é aquele ditado né: uma vez loira, sempre loira. Comecei a ficar loira aos poucos, com ombré hairs e na última vez que pintei, fiz mechas na touca. Primeira coisa que falei pra moça que pintou: quero ele o mais claro que você conseguir, puxando pro branco meeesmo.
Ela me alertou que o cabelo ia ficar bem fraco, mas se eu quisesse mesmo ela faria, mas com uma condição. Prometi fazer hidratações constantes para ele não quebrar.
Acontece que nem tudo o que reluz é ouro. Eu mantive a promessa e faço hidratações, respeitando cronograma capilar (posso falar disso em outro post) e meu cabelo QUEBROU. Quebrou REAL. Eu passava a mão e saía pedacinhos de cabelos. Fazer escova? Sem chance, quebrava e quebrava. Hidratações, nutrição, reconstrução. Nada pegava no cabelo. Até que eu vi um salão postando várias coisas sobre a CPR da Senscience. 
Mas o que é essa CPR? É um tratamento RECONSTRUTOR intensivo. Vou colocar aqui a descrição do produto. 

PERDAS

Decidi escrever hoje por ser um dia particularmente difícil. Há três anos e meio eu recebi o tão esperado resultado do vestibular. Sisu, na verdade. Morei minha vida toda em Minas com meus pais e estava ali diante de uma decisão difícil. Minha vaga era na UFAM - em Manaus. É um mix de sensações inexplicável - de um lado toda a sua vida, sua família, seus amigos e do outro aquilo pelo qual você lutou e desejou com toda a força que acontecesse. Eu estava ali realizando um sonho e é um momento maravilhoso - e eu vim. Talvez tenha sido a decisão mais difícil que tomei na vida, embora eu estivesse completamente decidida que era o que queria para mim. Não é fácil deixar para trás todo mundo. Não é fácil saber que você irá reencontrar pessoas, duas a três vezes em um ano. Promessas são feitas entre amigos que nunca irão se separar. E na prática, não é tão simples. Manaus não é um "lugar logo ali".

Olho por olho, dente por dente.

Vi hoje uma reportagem de um "justiceiro" que está matando bandidos por aí. Não sei o que me chocou mais, se foi a atitude dele ou a quantidade de pessoas apoiando e incentivando o ato. Não percebem o quanto estão sendo incoerentes? O fato dele matar uma pessoa que está assaltando um posto o torna um herói? Ou o torna um assassino? Já imaginou se várias pessoas decidem fazer o mesmo? Viveríamos um caos... Durkhein adoraria estar vivo para estudar essa anomia social.
Isso me fez lembrar de um caso que ocorreu há duas semanas quando eu estava em uma aula numa sexta a noite no hospital. Um rapaz é empurrado porta a dentro, algemado, por dois policiais. Por fim, entendemos que o paciente sofreu agressões pelos mesmos pois havia sido pego em flagrante com o uso de drogas e batendo em sua esposa. Eu não consegui sentir satisfação alguma com a situação, apenas repúdio. Aos três, Não pode ser assim. Não é dessa forma que "o país vai para frente" e que irá se resolver a criminalidade. O olho por olho e dente por dente não deve ser a solução. A atitude dos policiais só alimentaram o ódio do rapaz, que provavelmente já deve ter sido solto.
Reclama-se muito dos políticos do país, da impunidade, das leis que não são cumpridas. Mas esquecemos que o que nos representa, é reflexo do que somos. E apoiar a malandragem, apoiar o assassinato como forma de justiça, a atitude do policial, não é avanço, é retrocesso...

Geração facebook: o que estamos nos tornando?

Há algum tempo, venho reparando sobre as postagens que aparecem no meu feed de noticias do facebook. A cada dia fico mais...chocada com o que leio. Isso vai desde falsos moralismos, falsos conhecimentos políticos, falsos tudo...
Uma das publicações que mais me chamou a atenção foi uma reportagem de um garoto que espancou um cachorro e foi espancado na rua por isso. O ato contra o animal foi extremamente cruel, mas NADA justifica fazer o mesmo com o rapaz. Vejo tantos usando argumentos bíblicos e a Lei de Talião do "olho por olho e dente por dente", mas esquecem que Jesus pregou o "Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo". Se é pra usar a fé, que a utilize de forma coerente.

Nota de Agradecimento

Como alguns sabem, passei recentemente no vestibular para medicina na UFAM, federal de Manaus, e vim hoje fazer uma nota de agradecimento.
Primeiramente, gostaria de agradecer aos meus pais e minha irmã, que sempre me apoiaram e estavam comigo nos momentos mais difíceis, em resultados negativos e sofria junto comigo. Aliás, agradecer também a minha família em geral que torcia para que esse dia chegasse. E chegou...
Gostaria de agradecer também aos meus professores, pois são a base de todo o conhecimento. Sem eles nada disso seria possível. Isso inclui tanto os que me auxiliaram no Ensino Médio como: Fabricio, Carlinho, Serjão, Fabio, Anderson, Artura, Lulu, Sandro, dentre outros, quanto aqueles que foram de fundamental importância no cursinho como: Marçal, Camacho, Bustamante, Japa, Lênio, Boris, Sacco, Luciano, Cizinho, dentre outros.

Homossexualidade Não é Doença.

Decidi fazer esse texto devido a alguns fatos recentes, que não vem ao caso. Quando se trata de homossexualidade (e não homossexualismo, pois o sufixo ismo é comumente usado para doenças), muitas pessoas são um tanto quanto preconceituosas. Seja na rua, ou mesmo em casa, onde deveria ser ensinado valores como o respeito.
Fica difícil falar de preconceito no Brasil, afinal, como diz Florestan Fernandes, o brasileiro tem preconceito de ter preconceito. Ele não está escancarado, mas existe...e muito.
Em um meio onde há tanta violência, ou outros problemas de fato, fico me perguntando por que se dá tanto valor nas críticas de casais homossexuais, já que praticam o amor e não fazem mal a ninguém com isso.