Estava na aula de Redação e o tema a ser discutido era a adoção. Estava no meu canto, torcendo para não ser indagada e adivinhem para onde o dedo do professor aponta? Sim, foi para mim. Quando respondi que não adotaria uma criança, praticamente todos me olharam com um certo espanto, então decidi comentar mais sobre o assunto.
Acho a adoção um ato de completo altruísmo e amor ao próximo e até admiro quem o faça, pois dá oportunidade a uma criança de viver bem. No entanto, deve ser muito bem pensado, pois, as consequências podem não ser tão boas.
Muitas famílias possuem o desejo, mas nem sempre estão preparadas para receber um desconhecido e tratá-lo como filho. Esse é um amor que vai sendo construído aos poucos, ou não. E quando não acontece, o que fazer? Tratar a criança como um objeto e devolvê-la em caso de "defeito"?
Se para fazer um filho deve-se ter um planejamento, para adotar o cuidado deve ser redobrado. Você tem que pensar em todas as possibilidades e ver se está, de fato, preparado para enfrentar possíveis problemas. Se a resposta for sim, parabéns e adote. Ajude o outro. Mas se não estiver tão certo, repense, pois ao invés de ajudar, poderá atrapalhar sua formação.
Como não sei se posso superar qualquer dificuldade e nem se consigo amar como um filho um filho que não é meu, minha resposta é categórica quando me questionam se adotaria: NÃO.
Parabéns, muito boa a abordagem.. concordo com o seu texto e sabe disso. Muitas vezes a adoção é programação para exibicionismo e o que poderia ser realmente um gesto de altruísmo se perde. Essa é uma escolha muito forte não me sinto preparada.beijo
ResponderExcluirMas não se perde totalmente, pois, embora seja exibicionismo, uma criança foi ajudada...
ResponderExcluirObrigada pela visita e pelo comentário ;)